segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Fidjuz di Cabral promovem “Cikatriz rádio” em Cabo Verde




O grupo musical Fidjuz di Cabral, radicado em Roterdão, Holanda, estão em Cabo Verde, para a promoção do primeiroálbum intitulado "Cikatriz rádio". Retratando a cultura cabo-verdiana e falando do herói nacional Amílcar Cabral, o CDcontem 10 faixas musicais, todos em estilo rap e cantado em crioulo. Em um Exclusivo ao Expresso das ilhas Cikey-lase Rabeladu Lopi falam ainda de vários projectos do grupo De acordo com Cikey-las, o título do CD "Cikatriz rádio", éuma homenagem ao antigo nome do grupo. "Trabalhávamos numa rádio e tínhamos um grupo de nome Cikatriz. Daíoriginou o nome do nosso primeiro álbum", explica. Cikatriz rádio, foi lançado, no final de 2008, já foi promovido naEuropa só agora chegou a vez de Cabo Verde devido à falta de financiamento e disponibilidade dos músicos que, alémde artistas, também trabalham. Explicando o porque da escolha do estilo Hip Hop para cantar a historia e a cultura cabo-verdiana, Cikey-las diz que é o estilo com que mais identifica, uma vez que criou numa outra cultura sem muitainfluência dos estilos nacionais. O artista acrescenta ainda, que estando longe da terra natal há necessidade etendência para entrar na cultura local. "Encontrei o Hip Hop na procura da nossa identidade", sustenta o raper paraacrescentar, que através de rap conseguem identificar-se e expressar da melhor maneira a cultura de Cabo Verde, semperder de vista a cultura do hip hop. "Há falta da cultura cabo-verdiana na diáspora" Cikey-las que cresceu na Europa,diz que os filhos de cabo-verdianos que nascem ou criam na diáspora sentem falta da cultura cabo-verdiana. "Noestrangeiro temos falta da cultura cabo-verdiana e constantemente precisamos de voltar a raiz", assegura, paraacrescentar que em casa, embora os pais falem o crioulo, não falam da história ou da cultura de Cabo Verde. O artistarevelou, ainda, que antes de 2000, quando o grupo ainda não tinha o nome Fidjuz di Cabral as suas letras eramcompletamente diferente das de hoje. A vontade de saber e conhecer mais sobre a raiz de Cabo Verde os levaram aestudar, de uma forma muito profunda "o pai da nacionalidade cabo-verdiana", Amílcar Cabral. "Conhecíamos Cabral,mas não sabíamos quem ele era", afirma para clamar que Cabral deve ser um exemplo para todos os cabo-verdianos.Inspirados por Cabo Verde e Amílcar Cabral o grupo compósita e canta sempre em crioulo para promover a "nossa línguae a nossa cultura", no mundo. Seguindo os mesmos ritmos, Fidjuz di Cabral já estão ultimar os preparativos para olançamento do segundo álbum que deverá ficar pronto em Novembro, e apresentado em Cabo Verde no mesmo mês.Activistas cultural Além de reeps Cikey-las e Rabeladu Lopi também são activistas da cultura cabo-verdiana, divulgando-a através da música e na promoção tanto de Cabo Verde como de Amílcar Cabral.No país, foi fundado em 2006, uma Associação, filial do grupo, com o mesmo nome, com o objectivo de dar continuidade adivulgação da nossa cultura bem como a promoção da vida e obra do herói Amílcar Cabral. Os artistas são de opinião de quemesmo no país há muita gente que não comece na íntegra a vida do herói. Consideram ainda, que Cabral deve ser umexemplo para todos os cabo-verdianos, defendem o ensinamento nas escolas sobre a vida do pai da nacionalidadecabo-verdiana. Associação, sedeada no bairro de Achadinha além da promoção de Cabral, tem estado activo na áreasocial, com campanha de limpeza nas praias e distribuição de kitis a crianças carênciadas. Juntamente com a associaçãoFidjuz di Cabral, estão também a desenvolver um projecto que consiste em informar aos jovens sobre a verdadeiracultura "positiva", do hip hop, que não tem nada a ver com os males sociais, nomeadamente, droga álcool,delinquência juvenil com que é associado. Estilos fashion a moda crioulo Além da agência musical, o grupo dispõeduma companhia de roupa, na Holanda, de nome CCC, onde promovem também a marca cabo-verdiana através devestuários. Segundo Cikey-las, inspirado muito pela mãe que era costureira, sempre gostou de desenhar grafite, dentroda cultura hip hop, daí ter começado com este projecto em 2003, promovendo a moda, num estilo cabo-verdiano, combubus, fato completo de djila, camisas de panos chan, techarts com imagens de Cabral e bandeira de Cabo Verde.

In Expresso das ilhas online

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