Parteum faz show de dez anos de carreira neste sábado (30), no Hole.
MC Kamau 'tenta se infiltrar' com seu álbum de estreia, 'Non ducor duco'.
“Sucesso é a caminhada e não a linha de chegada”, diz o paulistano Kamau em “Equilíbrio”, faixa de seu recém-lançado primeiro álbum solo, “Non ducor duco” (Não sou conduzido, conduzo). No disco, Marcus Vinicius – seu nome de batismo – faz de sua trajetória trilha sonora dela mesma, como o próprio texto de divulgação explica.
“O rap menos comercial, apesar de eu não gostar de rótulos, tem percebido algumas brechas e tentado se infiltrar por onde dá”, diz Kamau, conhecido como integrante de projetos como Instituto, Quinto Andar, Consequência, Academia Brasileira de Rima, Central Acústica e Simples, para citar alguns.
Uma das boas novidades da produção nacional, o CD reúne vocais e batidas a serviço do mais alto nível do hip hop já feito no Brasil, com direito a um trabalho fino de corte e costura de bases e letras. Apesar disso, na opinião do MC, esse tipo de som ainda não tem força significativa para atingir um grande número de pessoas.
“Mas, graças a quem se interessa em compartilhar boas informações, algumas pessoas têm acesso ao trabalho que já desenvolvemos há algum tempo. Talvez também procurem alternativas novas musicalmente. Estamos aí, fazendo o de sempre, com o mesmo empenho e sem intenção de parar. Pra chegar aonde quiserem nos escutar”, afirma.
Fabio Luiz, o MC e produtor Parteum, de 34 anos, versa sobre temas parecidos em seu trabalho mais recente, a mixtape “Magus operandi”. “A ideia era falar do nosso modus operandi, da maneira como a gente faz música, dessa mágica. Foi um jeito de mostrar como é meu processo de criação e o quanto é confuso, no bom sentido, escrever as rimas e criar as bases”, diz o artista, que vem se destacando no cenário alternativo por inovar nas batidas e buscar inspiração na literatura para compor.
“O grande problema da minha geração é que muita coisa já estava pronta quando chegamos. Fico preocupado porque a gente sempre baseia o que faz em algum número, de alguma forma. Existe uma razão para uma música cair no gosto popular e dar certo comercialmente. Mesmo o artista independente acaba tendo de pensar nisso”, diz.
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Via. G1
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