sábado, 30 de maio de 2009

Rappers paulistanos versam sobre o processo de fazer música




Parteum faz show de dez anos de carreira neste sábado (30), no Hole.
MC Kamau 'tenta se infiltrar' com seu álbum de estreia, 'Non ducor duco'.

“Sucesso é a caminhada e não a linha de chegada”, diz o paulistano Kamau em “Equilíbrio”, faixa de seu recém-lançado primeiro álbum solo, “Non ducor duco” (Não sou conduzido, conduzo). No disco, Marcus Vinicius – seu nome de batismo – faz de sua trajetória trilha sonora dela mesma, como o próprio texto de divulgação explica.

“O rap menos comercial, apesar de eu não gostar de rótulos, tem percebido algumas brechas e tentado se infiltrar por onde dá”, diz Kamau, conhecido como integrante de projetos como Instituto, Quinto Andar, Consequência, Academia Brasileira de Rima, Central Acústica e Simples, para citar alguns.

Uma das boas novidades da produção nacional, o CD reúne vocais e batidas a serviço do mais alto nível do hip hop já feito no Brasil, com direito a um trabalho fino de corte e costura de bases e letras. Apesar disso, na opinião do MC, esse tipo de som ainda não tem força significativa para atingir um grande número de pessoas.

“Mas, graças a quem se interessa em compartilhar boas informações, algumas pessoas têm acesso ao trabalho que já desenvolvemos há algum tempo. Talvez também procurem alternativas novas musicalmente. Estamos aí, fazendo o de sempre, com o mesmo empenho e sem intenção de parar. Pra chegar aonde quiserem nos escutar”, afirma.

Fabio Luiz, o MC e produtor Parteum, de 34 anos, versa sobre temas parecidos em seu trabalho mais recente, a mixtape “Magus operandi”. “A ideia era falar do nosso modus operandi, da maneira como a gente faz música, dessa mágica. Foi um jeito de mostrar como é meu processo de criação e o quanto é confuso, no bom sentido, escrever as rimas e criar as bases”, diz o artista, que vem se destacando no cenário alternativo por inovar nas batidas e buscar inspiração na literatura para compor.

“O grande problema da minha geração é que muita coisa já estava pronta quando chegamos. Fico preocupado porque a gente sempre baseia o que faz em algum número, de alguma forma. Existe uma razão para uma música cair no gosto popular e dar certo comercialmente. Mesmo o artista independente acaba tendo de pensar nisso”, diz.

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Via. G1

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