“Eu quero transformar o hemisfério” – por Carol Patrocinio
O que acontece quando um grupo resolve dar um tempo e então é indicado para um prêmio nacional e bastante comentado? “Nós temos que nos reunir e comparecer com o grupo, sim, mas estamos trabalhando cada um em seus projeto solo”, explica Thig, que há 10 anos faz parte do Relatos da Invasão, com Negrinho e Pampa, os dois há sete anos.
A divulgação boca-a-boca do Relatos, a venda de cd’s em shows, a música ter sido tocada na 105 FM e na Transcontinental deu certo, já que os integrantes do grupo não tinham acesso a internet para facilitar as coisas, como conta Thig: “Até então não estávamos tão ligados na internet, pois não tínhamos nem computadores ainda. Estávamos leigos nesse sentido”. A sorte bateu na porta dos garotos quando os Dj’s das casas noturnas começaram a tocar a “Picadillha” mesmo antes do lançamento do disco.
Thig não entendeu muito bem os critérios para os indicados ao prêmio – assim como a maior parte das pessoas -, mas acredita que, “se o critério for clipe, como de costume”, ficou faltando o Pentágono, que teve estreia pela MTV, e diz que “não há como negar que o clipe do DBS e a Quadrilha- ‘Qui nem Judeu’ – é um dos melhores clipes de rap que o Brasil já teve numa produção independente”.
E quem são os caras que estão fazendo um som firmeza, atualmente? “Vou citar alguns que eu estou ouvindo esse dias no meu carro: Rincon Sapiência, Jackson, Klasse Korreria, Costa a Costa, Namaha, Raciocínio das ruas, Stilo Favela, O Sombra – o álbum “Muito Louko”. São pessoas que estão fazendo as músicas que gostam e não estão interessadas no que as pessoas vão falar, o que fulano de tal vai falar. O cara fala o que pensa, entendeu? Eles não estão pensando em jugar e corrigir ninguém do rap”.
Quer saber como foi o papo que a gente bateu com o Thig? Se liga nas perguntas e respostas aí embaixo!
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