A famosa casa da Dona Nilda. Esse foi o cenário onde a Lua cresceu. Na época ela era só a Luana, sempre foi ligado ao desenho e hoje em dia já fez clipes para os ‘sobrinha do Dudu, Didiu e Godela. O Dudu é guitarrista e tocava com a banda ‘Exquadrilha da Fumaça’. O DidiuRatos de Porão’, ‘Capital Inicial’ etc e tal. Já o Godela sempre foi mais esportista e criou a ginástica natural ‘Integral Bambu’.
Então foi nesse cenário que a Luana cresceu, cercada de toda a galera que visitava a casa da Dona Nilda, como músicos, desenhistas, cineastas, DJs, atores e até atletas. A mãe da Luana, filha da Dona Nilda, irmã do Dudu, Didiu e Godela, morava em São Paulo e também vivia cercada de artistas. Por isso, a casa da Dona Nilda era sempre cheia de gente.
As tardes passavam rápido na casa da Dona Nilda, assistindo filmes com Didiu, ouvindo rock com o Dudu, ou pulando na cama elástica do Godela.
Foi então que a Luana cresceu e virou a Lua e até gravou um disco solo recém-lançado pela Ôlôko Records, e teve participações especiais de gente como Lenine, B. Negão, Edgar Scandurra, Marcos Suzano, e todo pessoal da metaleira do ‘Funk como Le Gusta’. Sem falar na produção de Ale Siqueira.
O disco tem um repertório cuidadosamente escolhido para caber na voz grave e quase rouca da Lua. O repertório trás escolhas ousadas com canções como ‘Maracatu de tiro certeiro’ de Chico Science e Jorge Du Peixe, ‘Seres Tupy’ de Pedro Luís, ‘Argila’ de Carlinhos Brown, ‘A rede’ de Lenine e ‘Tambor’ de Chico César.
No repertório do show, Lua canta as músicas do disco com alguns sucessos de Bob Marley e outros grooves. Nos shows ela é acompanhada por Daniel Ganjaman (do Instituto), no teclado, programações, efeitos, kaosspad e backing vocais; Junior Boca na guitarra; Dj Keffing nos scratches; Abuhl Jr. na percurssão; Nelson Viana na bateria e backing vocais e Demetrius Carvalho no baixo. Ah, e como se não bastasse toda essa galera, ainda veio o Buguinha para mexer na mesa de som.
Os shows da Lua em Brasília aconteceram na segunda-feira no restaurante e bar Calaf, e na terça-feira em um pocket-show na Fnac. Saiu uma resenha sobre o disco na ‘Rolling Stone’ e a Luana estava lá na casa da Dona Nilda mostrando pra todo mundo, toda orgulhosa, entre um filme e outro, ouvindo rock, pulando na cama elástica e dando boas gargalhadas pelo quintal.
Você quer ouvir a gostosa gargalhada da Lua? Ouça ‘Obrigado (Por ter se mandado)’. Ouça também ‘Dias de paz’ ou ‘Se tudo pode acontecer’. Ouça a Lua chegar de mansinho e conquistar sua atenção com sua voz de veludo e o ritmo dançante dos arranjos de Alê Siqueira. Leia também o que a Lua tem a dizer sobre outras coisas mais.
Como foi que você começou a carreira?
Lua: Desde muito pequena já pensava em fazer algo diferente, e sempre gostei de cantar. Conhecia algumas pessoas do meio musical e bem cedo, muitos amigos já tinham bandas em Brasília. Comecei como backing vocal dessas bandas e aos poucos, fui percebendo que era isso que eu queria fazer pro resto da vida. Sempre senti muita vontade mas achava tudo muito complicado. O grande impulso na minha carreira foi quando me mudei pra Florianópolis, e tocando de forma totalmente despretenciosa na casa de um amigo, conheci minha empresária Biba Berjeaut. Com a ajuda dela comecei a me dedicar mais e enxergar a música não só como prazer, mas também como uma profissão.
Você começou numa banda de forró, não foi? Que banda foi essa mesmo? Você considera uma mudança de estilo o rumo da sua carreira agora?
L: Comecei como backing vocal de bandas de reggae, mas como cantora tive em Brasília uma banda de forró chamada ‘AS MINAS DO REI SALOMÃO’, com outras cinco amigas e um amigo. Isso foi em 2000 e a banda durou dois anos. Vivi uma época bem intensa com o forró na minha vida. Acredito que essa mudança de estilo aconteceu naturalmente pra mim, a medida que fui conhecendo outros estilos e recebendo outras influências musicais. Sempre levarei comigo esta influência regional do forró, côco e maracatu. Somei essas infuências ao r&b, reggae, dub, soul e outros grooves que se tornaram uma marca no meu trabalho.
Como foram as gravações do seu disco? Porque tiveram muitas participações, como Lenine, Marcos Suzano, Edgar Scandurra e B. Negão. Como você lidou com o fato de estar realmente cantando com gente que você costumava ver da platéia?
L: Como consequência de um longo trabalho em Florianópolis - junto à minha empresária - decidi que era hora de uma gravação mais profissional. Fomos encontrar o produtor Alê Siqueira em Salvador, procurando uma indicação para produzir o meu primeiro álbum. Quando nos conhecemos ele acabou topando produzir o trabalho, e acabamos agendando para o começo de 2005 em Salvador - cidade que ele morava. Quatro meses antes nos mudamos para Salvador, e lá tive reuniões semanais com o Alê em sua própria casa para a escolha de repertório e conversar sobre as participações dos músicos em cada faixa. Pra mim essa gravação se tornou uma faculdade, já que sempre fui intuitiva e autodidata. Quanto aos músicos e convidados do disco, acho que cada produtor tem o seu time, e a maioria dos músicos do projeto faziam parte da galera do Alê Siqueira - Marcos Suzano e Edgar Scandurra, por exemplo. As participações de Lenine e B. Negão eram uma vontade antiga minha, de tê-los em meu trabalho e fiquei muito feliz de poder concretizar esse sonho. Na verdade, ter essas pessoas no disco quebrou um pouco essa barreira entre o palco e a platéia e passei a encarar estes músicos como profissionais, que são iguais a mim. Muitos se tornaram grandes amigos. Do começo ao fim foi uma experiência maravilhosa.
O que você ouve em casa?
L: Meu gosto musical sempre foi muito eclético. Gosto muito de Erykah Badu, Damian Marley, Nneka, Estelle e Ms. Dynamite. Tenho ouvido alguns trabalhos atuais que conheci em Sao Paulo, como Curumin, Otto, Instituto e Guizado. Tambem adoro Lenine e B. Negão e os Seletores de Frequência.
Como tem sido a recepção do público na turnê do disco novo?
L: O público tem aceitado super bem nos lugares onde a gente tocou e ver as pessoas dançando e sorrindo nos shows me deixa muito feliz. Ainda não chega a ser uma turnê, já que tocamos em poucas cidades, mas pretendo rodar o mundo com esse show.
Você acha que downloads pela internet prejudicam ou divulgam o trabalho do artista?
L: Eu encaro a internet como uma aliada. Se eu fosse compositora e não intérprete dessas canções que estão no disco, provavelmente disponibilizaria ele inteiro para download. Sou totalmente a favor da internet, pois acredito que ela tenha facilitado tudo. A meu ver, ela une as pessoas e só soma. Posso receber mensagens e me comunicar com pessoas do outro lado do mundo através do Myspace e ver minha música chegando em lugares que eu nunca fui. Vejo isso como uma conquista.
Fonte da entrevista: Blog Eu ovo
2008 Lua
1. Se tudo pode acontecer
2. Brilho do sol
3. Piercing
4. Jogo bom
5. Dias de paz
6. Maracatu de tiro certeiro (& B. Negão)
7. Seres Tupy (& Lenine)
8. Argila
9. To na sua
10. Uma ajuda
11. A rede
12. Não deveria se chamar amor
13. Obrigado (Por ter se mandado)
14. Tambor
Baixem:
http://www.4shared.com/file/58974405/47db84aa/2008_Lua.html
Brilho do Sol - Lua
Obrigado "por ter se mandado" - Lua
Uma Ajuda - Lua
A Rede - Lua
Jogo Bom - Lua
Se Tudo Pode Acontecer - Lua
1. Se tudo pode acontecer
2. Brilho do sol
3. Piercing
4. Jogo bom
5. Dias de paz
6. Maracatu de tiro certeiro (& B. Negão)
7. Seres Tupy (& Lenine)
8. Argila
9. To na sua
10. Uma ajuda
11. A rede
12. Não deveria se chamar amor
13. Obrigado (Por ter se mandado)
14. Tambor
Baixem:
http://www.4shared.com/file/58974405/47db84aa/2008_Lua.html
Brilho do Sol - Lua
Obrigado "por ter se mandado" - Lua
Uma Ajuda - Lua
A Rede - Lua
Jogo Bom - Lua
Se Tudo Pode Acontecer - Lua
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