Desde
sua estreia, em 2008, Flávio Renegado parecia prever que suas músicas
percorreriam o mundo. Intitulado "Do Oiapoque a Nova York", o CD foi
lançado de forma independente, vendeu mais de 7 mil cópias e o levou a
turnês por Cuba, França, Inglaterra, Espanha e Austrália, além de
percorrer dezenas de cidades brasileiras.
Esse processo foi
crucial para o desenvolvimento de seu novo trabalho, "Minha tribo é o
mundo", cujo lançamento aconteceu no dia 13 de outubro. Produzido por
Plínio Profeta - que já trabalhou com Lenine, Tiê e O Rappa - e gravado
no Rio de Janeiro, o CD apresenta uma sonoridade mais urbana e
influenciada pela multiplicidade dos movimentos sonoros contemporâneos.
Sem se prender a limites geográficos, sua música dialoga com
batidas africanas, ritmos caribenhos, texturas do hip hop
norte-americano, a energia da música eletrônica e a malandragem do
samba. Uma prévia dessa diversidade pode ser conferida na faixa-título,
primeira música de trabalho do CD,
disponibilizada para download gratuito na página do artista no
Facebook (facebook.com/flaviorenegado), e que ganhou um vídeoclipe
especial para a web, disponível no Youtube
(www.youtube.com/watch?v=ooD5-PjkYo0&feature=player_embedded).
Enquanto a música
transforma a vida de Flávio Renegado e o leva a circular por todo o
Brasil e no exterior, também altera aqueles que são tocados por ela,
restando a certeza de que gostando ou não, ninguém ficará indiferente às
suas obras. Não por acaso, nos últimos anos Renegado esteve ao lado de
alguns dos mais originais artistas da cena musical brasileira, do
virtuosístico guitarrista Toninho Horta ao astro da MPB Lenine, assim
como aclamados novos nomes da música brasileira como a cantora Aline
Calixto e o vanguardista Fernando Catatau, do Cidadão Instigado.
Se
a diversidade de parceiros aponta a inquietação de Flávio Renegado, sua
extensa produção por outras áreas confirma sua vocação artística.
Rapper, compositor, instrumentista, poeta, ator e líder comunitário,
Flávio Renegado partiu dos estreitos becos do Alto Vera Cruz (comunidade
carente da cidade de BH) para tomar o mundo de assalto com seu trabalho
que tira o hip hop do gueto e abraça as mais diversas influências.
Ciente
de sua capacidade de criação e movimentação por diferentes
manifestações artísticas, ele parece ter noção de não pertencer a nenhum
gênero específico, nenhuma classe artística definida, nenhuma região.
Ao mesmo tempo, absorve todas elas. Um paradigma que explicita no título
do novo CD e que deixa no ar as possibilidades que estão por vir ao
dizer que “Minha tribo é o mundo”.
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