quinta-feira, 31 de maio de 2012

Video: Rashid - Quero Ver Segurar (Prod. Laudz)


Rashid traz um novo video do seu mais recente álbum, “Que Assim Seja“. A música é produzida por Laudz. Assista.

Eazy Bruxo - El Patron com novo som






EAZY BRUXO EL PATRON REPRESENTANTE DO GANGXTA RAP DA CIDADE DE FRANCISCO MORATO NA CAMINHADA DO MOVIMENTO DESDE 1997 COLOCA NA RUA SEU PRIMEIRO DISCO COM O TITULO DE EL PATRON ABORDANDO DIVERSOS TEMAS COMO LETRAS ENVOLVENTES VEM MONSTRAR A CARA DO RAP NACIONAL DA CIDADE DE FRANCISCO MORATO ZONA OESTE DE SAO PAULO VALE A PENA CONFERIR AS IDEIAS DO MANO PRODUZIDO PELOS MANOS EDSAO E KLEYTAO EAZY BRUXO EL PATRON MAIS UM QUE CHEGA COM FORÇA TOTAL DISPOSTO A REPRESENTAR COM TODAS AS ARMAS O MOVIMENTO HIP HOP RAP..... ACESSE MEUS VIDEOS NO YOU TUBE  LINK... EAZY BRUXO .....VLW PAZ ......FACEBOOK-EAZYBRUXO@GMAIL.COM..........ORKUT-EAZYBRUXO@IG.COM.BR TEL CONTATO 011-48811485  011-66260979

Video: Gangsta Pick no Programa Zimbando (Ztv)




Gangsta Pick no Programa Zimbando(Ztv)



Abyss - Codigo Vermelho Vol. 2 - A Voz das Ruas



Depois de ter lançado o "Consultorio Lirico Vol I" e "Codigo Vermelho Vol I", lancei agora o meu segundo trabalho a solo "Codigo Vermelho Vol 2 A Voz das Ruas".
Nesta mixtape conto com as participações de Dj Flip (Quartel 469), Dms e Jungle, que sao os 2 MC's do meu grupo, e UnderConstruct como productor!




Afro Face - Porque? ft Big Boss[Vídeo]



Apôs ter disponibilizado para download a musica intitulada “Porquê?” no mês passado, o membro integrante da “Central City” Afro face, disponibiliza logo no mês seguinte o vídeo da mesma musica que conta com a participação e produção musical de Big Boss (Fresh Boys), mistura de CMC e vídeo filmado por Edgar Cláudio, o mesmo que realizou os vídeos “Super Girl” dos Fresh Boys, só para citar estes.


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terça-feira, 29 de maio de 2012

Video: Daniel Garnet - Meu Rap (Prod. ODD)



Video clipe simula o Programa Idolos. no clipe se chama Ritmos. veja.




Mv Bill, Emicida, Flora Matos e Sandra de Sá na TV Xuxa



Apesar do que muitos falam eu acho valido estes rappers partciparem do programa da xuxa.. pois esta acontecendo um CONCURSO DE B-BOY.. por tanto nada mais coerente que ter rappers cantando.

E outro Fato ir em programas "POP'S" nao quer dizer que vc se vendeu.
è tipo oque o brown fala.  "Voce sai do gueto mais o gueto nao sai de voce" 
mesmo estando na xuxa eles nao deixam de nos representar.


Veja a apresentação do emicida com rael da rima AQUI

Apresentação de MV BIL e Kmilla AQUI

Apresentação de FLORA MATOS AQUI

Apresentaçao da rainha da musica preta brasileira Sandra de sá

Video: Will - Depois De um Longo Deserto


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O Rapper WILL disponibiliza seu projeto musical do gênero Rap/HipHop Gospel intitulado: "Depois De um Longo Deserto..." Fruto de muito trabalho, garra, determinação e respeito, esse projeto até então em caráter DEMO, está disponível de Minas Gerais para o mundo, está focado, e tem tudo pra expandir e representar o Rap Nacional (e muito bem representado por sinal).

Buscando seu lugar ao sol, evoluindo musicalmente atingiu a maturidade nesse DEMO.
MixTape que veio pra enriquecer e abrilhantar ainda mais esse tão almejado trabalho musical.
Projeto de produção independente sem vínculo contratual com algum selo ou gravadora.

Projeto muito bem elaborado com forte potencial pra despertar atenção de um bom produtor musical, e forte candidato pra entrar no casting de gravadora que tenha visão de que o Rap Nacional está em ascensão, está muito bem representado como outros estilos musicais.



INFORMAÇOES: www.deresponsa.com

UnderSkillz - Precisamos de Mais (Homenagem ao rap luso)





Homenagem Aos Rappers Luso Que Cada Dia Que Passa Fizeram ou Têm Feito Muito Para Que O Movimento Cresca Mais. 

Laton & Pirack, CfKappa, Hernani Da Silva, Balta P, Nga & Forca Suprema, Regula, Valete, Kid Mc, Dji Tafinha, Caixa De Pandora, Xtrema Signo, Ready Neutro, So Much More, Azagaia, Kool Klever, Big Nelo, Reptile, Raiva, Fly Squad, Abdiel, Mr.K, Cage, Mc K, Muralha, Kadaff, Vui Vui, Kamau, O.T.P, Cmc & Black Ink, Bob Da Rage Sense, Dice, 100 Paus, X Da Questao, Conjunto Ngonguenha, SSP, Boss A.c, Zona 5, KB Max, Lukeny Bamba, Lay Low, Phay Grande...OBRIGADO MANOS!

 

Gah MC ft. Drik MC - Abra Seu Coração (Prod. Kriolão)







Gah MC lança seu novo som "Abra o Seu Coração" com participação de @Drik_mc e produção de Kriolão . Juntamente com o som, GAH MC lança seu Site Oficial, onde nele você encontrara uma loja onlinne e forma de estar sempre atualizado sobre o mesmo !



Em uma conversa rapida Gah nos conta algumas coisas sobre o som !


Conte-nos sua inspiração pro som ?


Quando eu escrevi esse som na real eu estava meio deprimido por ver tanta desigualdade, tanta maldade nas pessoas... por isso "Abra O Seu Coração" .


A voz feminina da Drik Mc no refrão da musica ? 

Pelo fato da amizade de anos e de nunca termos a oportunidade de ter trabalhado juntos e também pelo fato da bela voz que ela tem, acho que se encaixou perfeitamente... 

Cada vez mais vemos que você vem crecendo, conte para nós como você está encarrando isso ?

Encarando como uma surpresa. Eu fico feliz em ver as pessoas comentando meus sons, divulgando, ajudando a passar a mensagem por aí! Pra mim realmente é uma surpresa ver que depois que lancei "Anja", "Já To Pronto" e "Te Fazer Mulher" ver o quanto de pessoas passou a escutar meus sons, pra mim foi uma barreira quebrada.. E espero que a Abra O Seu Coração, tenha mais repercussão ainda...

Obrigado Gah Mc, deixe suas considerações finais !  
Queria agradecer a todos que ajudam a divulgar a mensagem! Muita coisa boa estar por vir! Se tudo der certo como previsto Mixtape Ja To Pronto em Outubro nas ruas... PAZ

CONFIRA AGORA "ABRA O SEU CORAÇÃO"  







Poetik no Estúdio (Versos de Elite - MixTape Promo)


 Poetik fala um pouco sobre a sua nova mixtape Versos de Elite, participações e futuros projectos em que está envolvido.

Programa Boom Videocast com Zamba Rap Clube

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBZLp2HlUNhc8DGnrfVEQogGPWdiozRYXFoT08Z_f3kamuVcq4TnsvgulhGZQm6-7qnplZwivJABcw25Ak6E_rX8ktsn_aGpxSJ21JIzPaPTx_xeXXR-KxUfcDgbmRNCxNo8sPSGHFgVI/s1600/2capazamba.jpg

Assistam o video do programa de Ricardo Q-Pam da banda Decore, onde estiveram presentes os Zamba Rap Clube. Além de cantar, também foram entrevistados!



Senhores do Monte ft. Dji Tafinha - Obrigado


Senhores do Monte, grupo formado pelo Deck, Moroni e Melvin, já têm um álbum no mercado lançado pela produtora Freakshino, mas actualmente fazem parte da produtora Allien de Dji Tafinha

Está disponivel para download a música Obrigado onde eles agradecem ao people da cidade do Lubango que sempre deram força para que eles não parassem de batalhar e chegassem onde chegaram. A música conta com a participação e produção do Dji Tafinha e faz parte do álbum Senhores do Monte.




News: Hugo Phoenixxx, BX, Krazye Loko & Tcheka


Hugo Phoenixx traz Poetik, membro da crew Freestyle Family, para o último tema que disponibilizou para download, intitulado ''Onde É Que Tão Os Gajos‏''. Brevemente a mixtape ''Ultimamente'' chega às ruas.




BX com um novo tema para download. Impressões é o titulo.





Krazye Loko & Tcheka com o novo tema ''Boca porca pra lá''. Produção de Akme Beatz.



S.O.S. - Nós 2 é Amor (Video Oficial)


Novo video de SOS. Esta faixa está incluída no último trabalho de S.O.S "MUCCI".



S.O.S. feat Djitu, Camila, Isa-B and D-B You
Starring: Lindinalva Silva
Directed by. Jorge Catacora


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Video: Greguz du Shabba - Respect Respect


Novo video dos Greguz du Shabba, initulado "Respect Respect". Retirado da mixtape "Gloriosos" que sairá brevemente. Produção de Nostra Beats.

domingo, 27 de maio de 2012

Racionais gravam "Marighella" em ocupação sem-teto em SP


Mano Brown é o líder do Racionais Mc's.  Foto: Divulgação

 O grupo Racionais MCs, conhecidos pelos seus fortes laços com as Favelas, pessoas carenciadas e desfavorecidas, gravaram o seu novo video "Marighella"  na Ocupação Mauá, em São Paulo. O sitio ocupa cerca de 1.300 pessoas,e a justiça está exigindo a sua desocupação, fazendo lembrar o caso Pinheirinho, onde várias familias foram retiradas pela Polícia Militar.

O Brasil continua a conviver com estes casos de injustiça, onde o ser humano é tratado como se fosse um objecto. Mano Brown, como sempre, bastante directo e critico no seu discurso. - Por Andreia   

Chullage - A arte tem o papel de cantar o insustentável


dia 21

Chullage levou oito anos a lançar o seu novo CD. Não porque não tivesse músicas feita para vários, mas porque precisava de dar de comer aos filhos. Nos bairros a vida não está fácil e o rap canta o amor e a raiva daqueles que lutam e sobrevivem.

Por Nuno Ramos de Almeida, para o site iOnLine

Se o convidassem para os “Morangos com Açúcar”, para fazer um rap, acha que se enquadrava?

Não. A cena é em que contexto a tua música vai aparecer. Os “Morangos com Açúcar” estão sempre a sobrevoar. Fazem um episódio da droga e estão a sobrevoar. Houve um episódio sobre os artistas que era muito romanceado. Se agarrassem numa música minha e fizessem uma coisa qualquer ia ficar fora de contexto.

Não acredito que colocassem o meu tema “Barrigas Vazias”. Normalmente, as músicas que colocam são para ilustrar aquela espécie de psicologia de microondas que vendem aos miúdos. Decidem falar da droga e é sempre numa perspectiva como se estivessem num gabinete longe da realidade a falar para a classe média-alta sobre os problemas. E nesse sentido a minha música só poderia estar fora de contexto.



Não acha que apareceu fora de contexto numa campanha sobre o desperdício alimentar em que a canção dizia “o que eu não aproveito ao almoço e ao jantar/a ti deve dar jeito, temos que nos encontrar”, uma espécie de dar os restos aos pobrezinhos...

Não participei com esse intuito. Fui contactado por uma agência que me pediu para participar numa campanha contra o desperdício alimentar e eu concordo que não deve haver desperdício alimentar. Até por uma questão pessoal, estou desempregado há seis meses e se alguém me dá uns iogurtes, se eu tiver fome vou comer. A música transformou-se em algo, porque realmente a letra passa o contrário do que quer passar. Acredito que não foi escrita com esse propósito, de serem “os restinhos da minha mesa para ti”. Se fosse assim, não participaria.

Mas é verdade que, quem não conhece a intenção dos autores, ao ouvir a letra pode ter a perspectiva de uma cena paternalista, até ofensiva para a pobreza das pessoas. Agora acho que há imenso desperdício. A pergunta que faço é: na Inglaterra, quando os supermercados deitam a comida fora, põem lixívia e amoníaco para impedir que as pessoas possam comer, gente que efectivamente tem fome, aquela esquerda histérica que saltou para cima da campanha está disposta a pôr amoníaco no problema das pessoas e continuar a mandar soluções para amanhã para os problemas de hoje?

Não há sempre uma tensão entre o assistencialismo e resolver o problema das pessoas? Conseguimos sempre justificar o “fazer caridade” hoje, mas isso resolve o problema?

Sou contra o assistencialismo. Não é a dar sopinha aos pobres que se vai resolver o problema da pobreza. As campanhas contra o desperdício também não o vão fazer. Isto é uma merda, nem sequer chega a ser paliativo. Isso mantém o problema. Acho que a letra está mal feita à partida. Mas muita da gente que fala come bem para caraças. Naquela altura, em que aquelas pessoas falaram disso, houve dias em que não comi. Estou desempregado há seis meses e nenhuma dessas pessoas tem dado resposta ao meu desemprego e ao de milhões de pessoas. Algumas manifestações parecem um carnaval que não resolve nada. Sou um tipo de esquerda, não defendo o assistencialismo, mas é preciso inventar novas lutas e formas de resolver os problemas.

A primeira música do seu álbum faz uma certa crítica a um rap que ficou com a estética e lhe tirou o sentido. Uma espécie de contraponto entre o rap de rua e o comercial...

Não é o comercial. Sempre que fazes um CD estás a fazer algo de comercial. É um rap higienizado e branqueado... E branqueado não se refere à cor da pele, a expressão é usada para falar do esquecimento dos seus valores e da sua história. Tens vários rappers brancos, asiáticos, da América Latina, a fazer música radical que respeita os valores do rap. Falo de uma música que é feita para se adaptar aos consumos de uma classe média alta branca, que é branca porque estamos em Portugal e quem tem mais poder de consumo são esses brancos. Se estivéssemos em Angola ou Cabo Verde seriam negros, então vão fazer a música à medida desse mercado, devidamente higienizada.

Uma das reivindicações do seu disco é um rap que continua a falar da “cor da epiderme”. Não acha que em Portugal vivemos mais um problema de desigualdades que de afirmação?

Tudo é um problema de desigualdade. Mas essa mesma desigualdade tem especificidades. Não percebo por que razão toda a gente aceita as lutas de género como sendo boas, mas quando se chega à questão da raça isso já não é aceitável. Dizem: “Lá estão vocês com a mania da perseguição.” Só quero fazer uma pergunta: a raça é um motivo de exclusão ou não? Há um bolo grande que se chama igualdade, mas tem de haver várias frentes na luta pela igualdade e essas frentes são de género, pois é, de classe, pois é, mas também de raça. E quando nós estivermos a fazer essa luta da raça estamos a fazer uma coisa importante.

Mas os músicos não são bons e maus independentemente da cor da pele?

Essa discussão da importância do contributo cultural é natural que outros não a sintam. Não ouviram durante gerações dizerem-lhes na escola e nos livros que a sua história era inferior. Que era uma história de escravatura, de migrações, em que estás sempre na porta dos fundos da sociedade. És o primeiro a entrar para vires limpar e o primeiro a sair para lá não estares na hora de acender a luz. E isto é uma realidade.

O meu avô foi contratado em São Tomé, estamos a falar de há 40 a 60 anos, foi a instauração de uma psicologia de fome que criou os mecanismos para obrigar um povo a emigrar em massa, para manter um mecanismo esclavagista a funcionar. Se continuarmos a passar sem olhar para a nossa história, teremos pessoas que não sabem para onde vão, porque ignoram de onde vieram. Se insistirmos em apagar, esconder e não discutir abertamente aquilo que nos diferencia, não entenderemos porque estamos aqui. Dificilmente construiremos alguma coisa em conjunto com os outros sem sarar as feridas.

Resta saber se a questão das feridas e a sua repetição não pode ser usada para dividir a possibilidade de haver um rio de gente diferente que possa construir qualquer coisa de novo...

Pelo contrário, sarar as feridas serve para unir esse rio. Essa discussão entre os movimentos identitários e a esquerda universalista existe nos Estados Unidos há 50 anos... Há uma cena muito interessante de um autor, Robin Kelley, em que ele mostra que na construção do iluminismo e dos ditos valores universais nós, os negros, não estávamos lá.  O socialismo tem de entender que muitas vezes foi construído de si para si e por vezes sobre a história de outros povos.

Se me perguntares se sou anticapitalista ou socialista, eu dir--te-ei que tenho outra opção, sou “cabralista” [seguidor de Amílcar Cabral, um dos fundadores do PAIGC], um tipo que pensou a política à luz dos seus problemas. E a raça, ainda que seja uma construção social, é uma realidade e faz parte da política. Desafio o jornalista: qual é a percentagem de desemprego na comunidade negra em Portugal? Será que são os 15% ou são mais? A raça tem aqui uma importância determinante.

De alguma forma faz a afirmação dessa situação no segundo tema do disco [N.I.G.G.A.S.]. 

Esta música tem que ver com a perspectiva que nós negros temos de nós, que é uma perspectiva errada, construída ao longo de gerações. Os novos podem ter a ideia de “o fulano é um granda gangsta”, mas os verdadeiros grandes gangstas foram o Amílcar Cabral e o Malcolm X, os gajos que lutaram contra o sistema. A perspectiva nos bairros, quando os jovens pensam que são gangstas e estão a ir contra o sistema, não entende que o crime e o trabalho são duas faces do mesmo sistema. Os grandes criminosos em Portugal não são negros, no entanto continuas as ver nas ruas, nas esquinas, que são virtualmente substituídos por outro qualquer quando são presos, como se fossem trabalhadores temporários, e que no fim do dia, depois de arriscarem a vida, fazem literalmente 20 euros para irem comer.

Não há uma certa mitificação na sua música daquilo que se passa nos bairros? 

O rap sempre mitificou. Na minha perspectiva, ninguém está a conseguir mobilizar nem os bairros, nem os 10 milhões de pessoas. Há um problema de mobilização na comunidade negra muito grande. Mas a música não tem um papel messiânico. Aqui estão as minhas opiniões, as minhas vivências e as minhas frustrações, quando tenho uma banda que não consegue sequer ir da Margem Sul para Lisboa porque não tem dinheiro.

Quando fala de “resistência e guerrilha” e centenas de “tropas”, não se fala de uma força que não há? 

O disco não é propositivo, não tem a pretensão de dizer vamos fazer isto ou aquilo. A música não é sociologia. Nem todas as coisas têm de ter respostas racionais. A arte não tem a obrigação de fazer propostas políticas. Há um livro muito importante sobre a luta negra, “Freedom Dreams”, do tal Robin Kelley, em que ele defende que a luta dos negros é construída a partir do lugar em que quer chegar e não de onde parte. Do lugar em que está toda a gente sabe. O Sun Ra fala da “spaceship”, de nos levar a outro lugar que não é este. Agora eu pergunto: a intuição está patente ou não?

A espiritualidade está patente ou não? Não acredito que se tenha de fazer música racionalista, não acredito que tenhamos de estar sempre a falar de onde estamos, que não possamos ter na música um discurso sobre onde queremos chegar. A esquerda fala disso quando pensa na utopia. Não se cantaram as guerrilhas antes de elas se fazerem? Em Portugal não se cantou a revolução antes de ela se fazer? Não se cantou em África a independência antes de ela se fazer? Porque é que não se pode cantar em Portugal uma luta que está a ser feita ou antes de ela se fazer ou para a apregoar?

Porque é que me fazes essa pergunta? Não posso cantá-la? A arte não teve o papel de fazer chegar lá, a arte tem o papel de cantar o insustentável, aquilo que já não estava escrito nos cadernos da escola, ou nos jornais. Esse é o nosso papel. Depois posso ter a opção de dizer “não quero só fazer letras de músicas, quero fazer este trabalho também”, e então estender-me como ser humano, ou como ser político e fazer essa luta.

Numa outra música há uma crítica à forma como os jovens do subúrbio vivem as suas relações amorosas. 

Não é uma crítica. Tens de viver a tua luta na base do amor: as pessoas que tu amas e não as pessoas que tu odeias. É inútil continuar a fazer esse discurso do ódio. E isso é o que o mundo nos tem mostrado. “Eu odeio aquele e vou à guerra e vou mandar os meus tanques e os meus mísseis” ou “aquela etnia é fodida, vou mandar aqui os meus skinheads” e não sei quê... Não, temos de nos construir com base no amor que temos como seres humanos, pelos filhos, pelos companheiros e companheiras e pelo mundo.

Isso é que move as pessoas. Se for ouvir a motivação do subcomandante Marcos [porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional], é uma motivação de ódio ou uma motivação de amor, pela sua história, pelo seu povo e pelo mundo, pela humanidade? Enquanto não souberes amar o teu próximo, quem mais tu sabes amar? Porque estamos num mundo em que a linguagem do ódio e da violência é a linguagem que vende. Fui pai, sei o que é que a afectividade faz a uma pessoa.

Sei que o importante é criarmos os nossos filhos com afecto, em vez de os entregarmos só às creches e deixarmos que eles sejam criados por estranhos, à luz das teorias especiais e das pedagogias e essas merdas todas. O amor é uma linguagem universal. Por exemplo, nessa música falava directamente com o meu irmão sobre o meu sobrinho. É uma vivência pessoal. Às vezes posso estar a falar de mim, posso estar a fazer uma auto-reflexão, uma crítica a mim e não uma crítica ao outro. Há um lado extremamente autocrítico.

Diz que tem encontros com a PSP, com a PJ e com o SIS. Parte da comunidade sente de alguma forma perseguição por causa da sua politização, nos bairros? 

Nos bairros há perseguição. Há uma forma de policiamento diferente, ponto final. Nem precisas de ser politizado: são dez da noite, estão seis gajos na rua, vais ser encostado à parede. Depois, se fizeste merda ou não, logo se vê. Logo se arranja, até. Se precisarem de te levar, arranjam qualquer coisa, nem que seja resistência à autoridade. Isto é uma realidade e podes perguntar às pessoas que vivem nos bairros.

E também não é uma coisa só de pretos. Vai perguntar a brutalidade que se tem feito sentir no Porto, e não estou a falar da Fontinha... Há gente que acha que a repressão policial é nas manifestações, mas é ver a violência nos bairros do Porto. Agora, para o pessoal politizado, faz-_-se sentir sim senhor. Tanto há pessoas da plataforma como de outros grupos que a têm sentido, não só das escutas que levam, pelas pessoas que já foram agredidas por terem actividade política. As pessoas dos bairros já são perseguidas e se tiverem um discurso político são mais.

Aconteceu-lhe alguma coisa? 

Tenho casos de ameaças, concretas, até já brinco com isso.
Ameaças de quem? Da polícia? 

Carros a passar com paisanos a ameaçar, ir na rua na boa e os polícias dizerem “olha, é o Chullage”... e tenho casos de ser parado numa operação stop e dizerem “olha, a tua música é boa! Boa viagem!” Generalizar as coisas é foda. Também podes encontrar aquele polícia que te vai dizer “não, não concordo”, mas o problema é que tu não podes falar da opinião do polícia, tens de falar da prática geral de uma instituição.

Foi preciso este tempo para fazer um novo álbum? Foram oito anos, não é? 

Não, não. Precisei foi desse tempo porque tinha de trabalhar e comer e dar comida aos meus filhos. Infelizmente esta merda não me dá dinheiro. Felizmente, posso dizer o que quero aqui porque não dependo dessa cena, vou buscar dinheiro noutro lado. Só que infelizmente agora nem isso é possível. Não precisei de oito anos, mas essas músicas até são infelizmente actuais, algumas feitas há anos. Escuta-se as “Barrigas Vazias” e parece feita para a crise de agora. Mas o processo está a acontecer há 30 anos: é o neoliberalismo, isto é o consenso de Washington. As únicas músicas escritas na altura da mistura deste álbum são o “Mediocridade” e o “360”.

Levell Khrónico com novos beats para audição



 Levell Khrónico disponibilizou alguns beats para audição no SoundCould. Uma forma de conhecer melhor o trabalho deste  produtor Angolano.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Enigmatiko - Industria de Talentos Anônimos Vol. 1

 
A mixtape Industria de Talentos Anônimos Vol. 1, organizada por Enigmátiko, conta com a participação de velhos amigos, bons amigos e outros que agregaram na  jornada até o presente momento e que não deixam de ter o devido valor na amizade.

Este álbum foi idealizado em outubro de 2010, as faixas também foram feitas ao longo do ano e finalizadas, porém não foram disponibilizadas para download, somente para divulgação e lançamento no myspace  que se deu em 10/10/2010.



 

Kallisto feat. Kennedy Ribeiro - Homem em Missão


Kallisto apresenta o primeiro single promocional da sua próxima mixtape, KO Vol. 2 - O Exxxecutor. O tema intitula-se Homem em Missão e traz Kennedy Ribeiro como convidado.



Video: Mano Mil - A Hora do Pesadelo


Mano Mil apresenta o seu mais recente video/single, intitulado ''A Hora do Pesadelo''. A produção Musical, Direção e Edição ficou a cargo do próprio. Faixa disponivel no SoundCloud.

Ver também Meu SambaMulher Que Fascina.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Video - Karol Conka & Marcelo D2 - LupaLuna 2012


Karol Conka actuando ao vivo com Marcelo D2 o tema LupaLuna.

Guifox & Antó Preezy - Real Boy Ft. Vânio Baby‏



 Guifox & Antó Preezy São dois rappers integrantes da Crew Yellawolf Family que já é conhecida por alguns ouvintes de Hip Hop nacional,

Decidiram lançar mais um dos sons que vai fazer parte da Nova Mixtape Street Gang 4Life que os mesmos vão lançar dentro em breve nos blogs de Hip Hop para Download gratuíto e No Official Blog: www.guifoxtape.blogspot.com - Fiquem atentos! Brevemente a data de lançamento. Saquem O Som... One Love

Brizzo e Big Boss - Escrito Nas Estrelas[Download]



Escrito Nas Estrelas” é o título da faixa que fara parte do projecto do rapper angolano Brizzo intitulado “Operação Triunfo“, que conta com a produção e participação do seu companheiro de luta Big Boss(Fresh Boys)




quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mascote - Ninguém (Prod. Renan Samam)


Mascote, do grupo  Contra Fluxo lança seu segundo single do álbum "EU", volume 1 da trilogia "Eu, Meus Amigos & Minhas Rimas". Faixa produzida por Renan Samam.





Newine - Kill (Street Video 2012)

Novo video do rapper Newine, com o titulo Kill.

Video - Don Jaga ft Celso Opp - A Luta Parte 2

Don Jaga prepara a sua nova mixtape ''Ghetto Blues'' para breve e apresenta o video da faixa ''A Luta pt 2'', com uma boa mensagem, sobre a luta do negro para se manter sempre forte e de cabeça erguida, contra todas as adversidades. Participação de Celso OPP.
"REPRESENTO 100%, NASCI MULATO SUJO, MAS SOU PURO PRETO"
 

Duplo traz a nova mixtape ''Refugio''


Está nas ruas para donwload gratuito a mixtape ''Refugio'' de Duplo que conta com as participações de Mazter, Mess, Soldado e ADF!!! A Mixtape foi inteiramente gravada na Refugio 152 e na Refugio 608.  Misturada e Masterizada pelo Duplo.

News: Kallas, Ed Soon, BDR, Jo Yo e Lokss


Kallas é o  nome de mais um produto da L-Street. Acaba de soltar um desabafo em forma de música com o título ''Sede de Ti'', que fará parte da mixtape ''Me Entrego A Ti'' do rapper EC. 



NOVO VIDEO DE BDR

Rei do Dogg é o novo video do rapper BDR.

 



NOVAS FAIXAS DE ED SOON

 Duas faixas promocionais da EP ''Cardência'', que é o titulo do proximo trabalho do rapper Ed Soon. Ouvir nos seguintes links:



e para quem quizer estar em contacto, contactem atravês do FB:
JO YO COM NOVO VIDEO FT LOKSS
Jo yo com novo video, trazendo Lokss na participação. ''Street Connection'' faz parte da sua proxima  mixtape chamada: Outra Face.





Shelter Mc com novo som ''Julgamento''.

 
Shelter Mc está no Hip-Hop há mais de 5 anos,  representa Moçambique, especificamente a cidade de Nampula (zona Norte). ''Julgamento'' é o som que traz para download.



terça-feira, 22 de maio de 2012

Video: MC Artigo - Quem Não Sabe o Que Quer Não Faz

 

Mc Artigo lança na noite de sábado, dia 19 de maio de 2012, sua musica e webvideo "Quem Não Sabe O Que Quer NãO Faz".
 

Em uma conversa rapida com o Mc Artigo eles nos contou que "A inspiração da música foi baseada na conclusão da Mixtape Libertação, é como se fosse o resumo dela. "Quem não sabe o que quer não faz", eu sempre soube o que quero e a Mixtape Libertação é a prova disso, eu sei o que quero e por isso sei o que eu faço."...

Junto com o som e o webvideo @artigo_ lançou uma promoção, onde ele sorteara 5 mixtapes Libertação e 1 beat do TH... 
Isso ocorrera quando atingir 500 compartilhamentos nesse link www.facebook.com/mcartigo/posts/305589879526996



Confira o som e webvideo
"Quem não sabe o que quer não faz"