Fazes ragga desde os anos 90 e és considerado um dos pioneiros. Como foram os teus primeiros passos no ragga/dancehall? Quem eram os teus idolos, as tuas inspirações?
No final dos anos 80/começo dos 90 eu comecei a prestar mais atenção em caras que faziam vocal ragga, principalmente nos discos de dance music e um LP do Yellowman que minha irmã tinha. Comecei a me interessar cada vez mais por esse estilo de vocal, até que descobri Shabba Ranks, Supercat, Snow, Shaggy, Ini Kamoze... A partir daí me aproximei do dancehall e por volta de 94/95, quando eu já conhecia Buju, Bounty, eu comecei a escrever letras ragga. Como nessa época não havia internet e eu não tinha acesso aos riddims, tive que comprar uma drum machine e criar meus riddims. Foi aí que também comecei a produzir e em 98 gravei minha primeira demo-tape, com 3 sons. No Brasil os pioneiros no começo dos anos 90 foram Frank Frank e Toaster Eddie, mas eles não deram sequência a seus trabalhos e o estilo praticamente desapareceu. Ainda assim sempre havia algum elemento ragga em bandas famosas como Skank, Planet Hemp, O Rappa, mas não tinha nenhum cantor que fosse realmente de ragga/dancehall. A partir de 99 fui me especializando no ramo, em 2002 fiz ressurgir essa cena e aqui estou...
Que evolução houve no ragga ao longo dos anos? Melhorou?
Como todo estilo musical, o ragga está sempre acompanhando o tempo. Hoje em dia você encontra cada vez mais a influência do dancehall em outros tipos de som, mas também nota-se influências de outros estilos no dancehall. O estilo de vocal ragga também inspirou vários rappers e MCs de drum n bass e grime.
O ragga é acusado de passar uma mensagem errada sobre as mulheres, que todas são vulgares. O que tens a dizer sobre isso?
Existem vários tipos de letras sobre mulheres no dancehall. Algumas são vistas pela nossa sociedade como machistas e sexistas, mas também existem as que são uma critica ao jeito de certas mulheres e ainda tem letras que exaltam as mulheres, as colocando em posição de como devem ser tratadas, como Rainhas e Princesas. Cabe a cada cantor escolher seu tema e ao ouvinte o que mais lhe agrada escutar.
O que achas sobre o ragga fazer mais sucesso no Japão e Europa do que no brasil?
Com certeza o Brasil é um dos lugares onde o ragga faz menos sucesso. Embora muitas pessoas apreciem o estilo mesmo sem nem conhecer, a grande maioria não sabe nada sobre a cultura e nem sobre o som, pois esse estilo nunca teve uma grande exposição aqui no país. Agora é que as pessoas estão assimilando mais esse tipo de som nas festas e prestando atenção também na cena brasileira. Porém como não há shows com artistas internacionais e os programas de reggae no rádio não divulgam esse género, a expansão do ragga fica bastante limitada e o estilo underground.
Baixei uma Mix de ragga mas eu me surpreendi porque muitas músicas tinham mais elementos de rap do que ragga. Você acha que esta é a tendência, o ragga cada vezmais se misturar ao rap?
Isso é normal, pois desde sempre um estilo exerce influência sobre o outro. É uma tendência cada vez mais notória. Você pode ver que no rap, tanto nos beats como nos vocais, também existem muitos elementos de reggae, ragga, dancehall...
Ja ajudaste muitos artistas a alcançar sucesso. Neste momento pra ti qual é o artista que vai se destacar no ragga?
Aqui no Brasil estâo surgindo vários cantores bons, mas destaco a Ms Ivy, Buyaka San, Sacal, Ragga Rural, Pump Killa e Sandro Black.
O que pensas do download? Ajuda a divulgar ou prejudica o artista?
Hoje em dia o download é a melhor forma de divulgar o trabalho, até porque o cd está praticamente morto. Todos os meus albums estão disponíveis para download. Quanto mais downloads, melhor! Assim o som se espalha e atinge pessoas em diversos lugares do Planeta. Isso é fundamental para ter um público que conheça as mísicas e rolem shows e aprsentações.
É o que me agradou, muito pelo facto de ter uma liberdade religiosa, pois existem adeptos ao rastafari que são cristaos ou judeus. Você é adepto desta cultura? Mesmo não sendo, ela te influenciou na sua música?
Sou adepto da filosofia RastafarI, sempre estudei e ainda estudo muito sobre a Cultura, sobre História. Apesar deu crer em Jah e ser espiritualizado, não sigo como uma religião. Minha missão é ser músico e através do meu trabalho também mostro esse tema para as pessoas conhecerem sobre a História que não é contada nas escolas e nem em nossas famílias. No dia-a-dia sigo RastafarI com o coração, através da alimentação saudável e conduta correta.
Pra você hoje em dia qem seria a babilónia?
A maior Babilónia de todas é a grande maioria dos políticos, pois só ocupam seus cargos com altos salários e regalias em prol de seus interesses, se esquecendo que estão ali para trabalhar para o povo. O jogo político é pura Babylon... Taca Fogo!
Pensas fazer shows fora do brasil? Em Portugal talvez.
O único lugar fora do Brasil que me apresentei foi na Argentina, em 2007 e 2008. Gostaria muito de poder chegar até Portugal, pois tenho certeza que o massivo iria se identificar com o reggae moderno cantado em nosso idioma. Meu trabalho ainda precisa ser mais divulgado na Tuga, e espero receber no futuro próximo um convite para me apresentar aos irmãos portugueses!
Pra terminar, deixa uma mensagem aos seguidores do ragga e aos leitores.
Quem quiser saber mais sobre mim acesse meu myspace, orkut, twitter, msn, ou o site tacafogo. Espero que o ragga cresca aqui no Brasil e em Portugal para haver um bom intercâmbio e fortalecer esse estilo com letras em português. Big Up pela vibe!
Diz o q achas das seguintes palavras.
Barak Obama O cara! Bob marley O rei! Negritude Atitude! Jr. reid Top! Jesus O maior!
No final dos anos 80/começo dos 90 eu comecei a prestar mais atenção em caras que faziam vocal ragga, principalmente nos discos de dance music e um LP do Yellowman que minha irmã tinha. Comecei a me interessar cada vez mais por esse estilo de vocal, até que descobri Shabba Ranks, Supercat, Snow, Shaggy, Ini Kamoze... A partir daí me aproximei do dancehall e por volta de 94/95, quando eu já conhecia Buju, Bounty, eu comecei a escrever letras ragga. Como nessa época não havia internet e eu não tinha acesso aos riddims, tive que comprar uma drum machine e criar meus riddims. Foi aí que também comecei a produzir e em 98 gravei minha primeira demo-tape, com 3 sons. No Brasil os pioneiros no começo dos anos 90 foram Frank Frank e Toaster Eddie, mas eles não deram sequência a seus trabalhos e o estilo praticamente desapareceu. Ainda assim sempre havia algum elemento ragga em bandas famosas como Skank, Planet Hemp, O Rappa, mas não tinha nenhum cantor que fosse realmente de ragga/dancehall. A partir de 99 fui me especializando no ramo, em 2002 fiz ressurgir essa cena e aqui estou...
Que evolução houve no ragga ao longo dos anos? Melhorou?
Como todo estilo musical, o ragga está sempre acompanhando o tempo. Hoje em dia você encontra cada vez mais a influência do dancehall em outros tipos de som, mas também nota-se influências de outros estilos no dancehall. O estilo de vocal ragga também inspirou vários rappers e MCs de drum n bass e grime.
O ragga é acusado de passar uma mensagem errada sobre as mulheres, que todas são vulgares. O que tens a dizer sobre isso?
Existem vários tipos de letras sobre mulheres no dancehall. Algumas são vistas pela nossa sociedade como machistas e sexistas, mas também existem as que são uma critica ao jeito de certas mulheres e ainda tem letras que exaltam as mulheres, as colocando em posição de como devem ser tratadas, como Rainhas e Princesas. Cabe a cada cantor escolher seu tema e ao ouvinte o que mais lhe agrada escutar.
O que achas sobre o ragga fazer mais sucesso no Japão e Europa do que no brasil?
Com certeza o Brasil é um dos lugares onde o ragga faz menos sucesso. Embora muitas pessoas apreciem o estilo mesmo sem nem conhecer, a grande maioria não sabe nada sobre a cultura e nem sobre o som, pois esse estilo nunca teve uma grande exposição aqui no país. Agora é que as pessoas estão assimilando mais esse tipo de som nas festas e prestando atenção também na cena brasileira. Porém como não há shows com artistas internacionais e os programas de reggae no rádio não divulgam esse género, a expansão do ragga fica bastante limitada e o estilo underground.
Baixei uma Mix de ragga mas eu me surpreendi porque muitas músicas tinham mais elementos de rap do que ragga. Você acha que esta é a tendência, o ragga cada vezmais se misturar ao rap?
Isso é normal, pois desde sempre um estilo exerce influência sobre o outro. É uma tendência cada vez mais notória. Você pode ver que no rap, tanto nos beats como nos vocais, também existem muitos elementos de reggae, ragga, dancehall...
Ja ajudaste muitos artistas a alcançar sucesso. Neste momento pra ti qual é o artista que vai se destacar no ragga?
Aqui no Brasil estâo surgindo vários cantores bons, mas destaco a Ms Ivy, Buyaka San, Sacal, Ragga Rural, Pump Killa e Sandro Black.
O que pensas do download? Ajuda a divulgar ou prejudica o artista?
Hoje em dia o download é a melhor forma de divulgar o trabalho, até porque o cd está praticamente morto. Todos os meus albums estão disponíveis para download. Quanto mais downloads, melhor! Assim o som se espalha e atinge pessoas em diversos lugares do Planeta. Isso é fundamental para ter um público que conheça as mísicas e rolem shows e aprsentações.
É o que me agradou, muito pelo facto de ter uma liberdade religiosa, pois existem adeptos ao rastafari que são cristaos ou judeus. Você é adepto desta cultura? Mesmo não sendo, ela te influenciou na sua música?
Sou adepto da filosofia RastafarI, sempre estudei e ainda estudo muito sobre a Cultura, sobre História. Apesar deu crer em Jah e ser espiritualizado, não sigo como uma religião. Minha missão é ser músico e através do meu trabalho também mostro esse tema para as pessoas conhecerem sobre a História que não é contada nas escolas e nem em nossas famílias. No dia-a-dia sigo RastafarI com o coração, através da alimentação saudável e conduta correta.
Pra você hoje em dia qem seria a babilónia?
A maior Babilónia de todas é a grande maioria dos políticos, pois só ocupam seus cargos com altos salários e regalias em prol de seus interesses, se esquecendo que estão ali para trabalhar para o povo. O jogo político é pura Babylon... Taca Fogo!
Pensas fazer shows fora do brasil? Em Portugal talvez.
O único lugar fora do Brasil que me apresentei foi na Argentina, em 2007 e 2008. Gostaria muito de poder chegar até Portugal, pois tenho certeza que o massivo iria se identificar com o reggae moderno cantado em nosso idioma. Meu trabalho ainda precisa ser mais divulgado na Tuga, e espero receber no futuro próximo um convite para me apresentar aos irmãos portugueses!
Pra terminar, deixa uma mensagem aos seguidores do ragga e aos leitores.
Quem quiser saber mais sobre mim acesse meu myspace, orkut, twitter, msn, ou o site tacafogo. Espero que o ragga cresca aqui no Brasil e em Portugal para haver um bom intercâmbio e fortalecer esse estilo com letras em português. Big Up pela vibe!
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Puro Fya (2009) -
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