Elizabet Oliveira aka Dama Bete, nasceu em Moçambique em 1984. Aos 15 anos teve a sua primeira aventura na música, com o grupo Blacksystem, que se separou pouco depois, devido aos estudos. Em 2007 assina contracto com uma editora multinacional, a Universal Music Portugal e lança o seu primeiro álbum, intitulado 'De Igual Para Igual'. Este álbum tem participações de peso, como Melo D, Terrakota e Lindu Mona.
Surgiram algumas criticas menos construtivas sobre o álbum e acusaram-na de ser "demasiado comercial".Nesta curta entrevista, a nossa Dama Tuga deixa bem claro o seu ponto de vista sobre o facto de a considerarem comercial, dizendo que "Enfim... Penso é que ninguém sabia quem era a Dama Bete" e descreve-se como uma pessoa que não tem de medo de arriscar e ser como é.
Andreia - Conta-nos como começaste a tua carreira e quais ou quem foram as tuas influências.
Eu comecei com um grupo com a minha irmã, sobrinha e amigas. As blacksystem. Cantávamos R&b. Posteriormente, também por influência do meu irmão, quis rimar! Então dentro das blacksystem comecei a rimar. Depois com o tempo, o grupo começou a separar-se por causa das aulas (tínhamos por volta de 15/16 anos). Mas nunca mais larguei o rap. Depois quando fui para a universidade acabei por fazer um estágio no Santiago Alquimista, onde conheci artistas que me deram muita força. Acho que aí comecei a sonhar mais alto e a acreditar que poderia vencer.
Posso dizer que quem me influenciou foi o meu irmão Macaco Simão, as Blacksystem, o Firmino Pascoal (Lindu Mona), a Sara Tavares, que me deu a maior força. Os Terrakota, que muitas vezes me estenderam o microfone nos concertos deles! O Filipe Larsen, que hoje é meu manager e acreditou em mim. As Lweji, que sempre me apoiaram e foram as primeiras a estender a mão! O Melo D pelo apoio!
Posso dizer que quem me influenciou foi o meu irmão Macaco Simão, as Blacksystem, o Firmino Pascoal (Lindu Mona), a Sara Tavares, que me deu a maior força. Os Terrakota, que muitas vezes me estenderam o microfone nos concertos deles! O Filipe Larsen, que hoje é meu manager e acreditou em mim. As Lweji, que sempre me apoiaram e foram as primeiras a estender a mão! O Melo D pelo apoio!
Andreia - Como artista, o que trazes de novo à música e o que tens de especial para que as pessoas te oiçam?
Eu tento sempre ser criativa. Não tenho medo de arriscar. Gosto de fusões e de experimentar. No meu álbum, tanto fiz músicas mais electrónicas, como o “cala-te” e o “rapetição”, o "Já" que é mais breakbeat, umas mais Rnb como o "definição de amor", a "selva" com os Terrakota, que é meio 'samba reggae', mutante com Lindu Mona, que é meio afro, com o Melo D um som meio soul... Considero que a minha música é uma mestiçagem dos estilos com que mais me identifico - rap, rnb, soul, afro beat e uma pitada de musica electrónica pelo meio. Não tenho medo de arriscar!
Andreia - Que tipo de temas costumas abordar nas letras das tuas músicas?
Andreia - Que tipo de temas costumas abordar nas letras das tuas músicas?
Eu abordo as problemáticas da minha vida. Falo do que me rodeia. Não tenho medo de ser simples, não tenho medo de ser eu.
Andreia - O que achas desta "guerra" entre música comercial vs underground? A tua música é comercial ou underground?
Eu penso que existe um preconceito consoante a editora em que estamos. Dou o exemplo do meu caso. Já tinha a música "definição de amor" desde 2005 e sempre a cantei. O "cala-te" desde 2006. O "o que esperas" desde 2005. São músicas que quem acompanhou os meus concertos sabem que já existiam. No entanto, a partir do momento que assinei com uma major, acusaram-se de ser comercial. De ter mudado o meu estilo. Enfim... Penso é que ninguém sabia quem era a Dama Bete. Não me considero underground. E penso que tudo que vai para o mercado é comercial.
Andreia - Como é uma actuação tua ao vivo?
Tenho vários tipos de actuações. Com banda e só com dj e backs! Eu preparo os concertos consoante o sitio em que vou tocar. Tento sempre inovar e trazer coisas novas para o concerto! Dou importância ao look (talvez por ser mulher, lol!). Gosto de estar bem em palco, gosto que todos estejam bem!
Andreia - Vives somente da música ou tens outra profissão?
Posso dizer que vivo só da música. Mas não apenas do hiphop. Tenho outras funções dentro da música. Neste momento trabalho a fazer agenciamento de artistas numa empresa. E estou a tirar uma especialização em marketing e produção de eventos.
Andreia - Qual é aquela música que nunca pode faltar no teu mp3?
Telepopmusik e Lauryn Hill!
Andreia - Neste momento quais são os teus principais objectivos a nível pessoal e profissional?
Estou a trabalhar no meu próximo álbum. A levar a produção mais a sério. Estou a voltar a promover eventos!
Andreia - Mesmo que não consigas ter sucesso na música, vais continuar a lutar até conseguir?
Acho que nunca vou desistir. Porque é a minha vida. Posso dizer que é muito difícil viver da música. Mas é mesmo um vício e não consigo largar. Não digo que vou ser para sempre a Dama Bete, pois o futuro é uma incógnita. Mas a Elizabet vai estar sempre dentro do meio musical. Seja como promotora, como agente, como produtora, como dj... O bichinho da música está dentro de mim!
Estou a trabalhar no meu próximo álbum. A levar a produção mais a sério. Estou a voltar a promover eventos!
Andreia - Mesmo que não consigas ter sucesso na música, vais continuar a lutar até conseguir?
Acho que nunca vou desistir. Porque é a minha vida. Posso dizer que é muito difícil viver da música. Mas é mesmo um vício e não consigo largar. Não digo que vou ser para sempre a Dama Bete, pois o futuro é uma incógnita. Mas a Elizabet vai estar sempre dentro do meio musical. Seja como promotora, como agente, como produtora, como dj... O bichinho da música está dentro de mim!
Andreia - Deixa uma mensagem especial aos leitores do Black Vibe.
Acreditem nos vossos sonhos e lutem por eles! Nada é ao acaso. Quem trabalha é quem alcança! Obrigada Andreia, pela entrevista! :D
ANDREIA QUARESMA
BLACK VIBE
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