Hoje é o quadragésimo primeiro aniversário do Paulo Soares Pereira mais conhecido por todos como
Mano Brown. O porta
l Rap Nacional divulgou a entrevista feita pela apresentadora
Luka, no programa
Play Fast 89, da Rádio
89FM. O programa foi ao ar às 20h, do dia 12 de abril. Confira:
Click aqui escute a entrevista ou leia abaixo na íntegra.
Como foi o começo dos Racionais na São Bento. Quem estava lá? Como estão hoje?
Mano Brown: A rapaziada daquela geração, que é da minha geração e alguns são mais velhos… Alguns deles são artistas de sucesso hoje, outros trabalham em outras áreas, meio anônimos. Mas todos estão trabalhando ainda na cultura. A maioria esta bem. Eu tenho um contato, razoável, à distância… A rapaziada tá bem…
Foi uma época, foi uma virada…
Quando que foi?
Mano Brown:Eu cheguei na São Bento no final de 1987, já começo de 88. O mundo era outro, era outra coisa que é hoje. Há 22, 23 anos atrás. Era como se eu tivesse chegado em Nova York, eu subi do metro, quando cheguei lá em cima vi uns caras com uns rádios, umas roupas bem estilo mesmo. Coisa que a gente só via em filme.
Aí eu chegue e falei pro meu primo, o Blue, – “porra mano, passei ali vi uns caras dançando, com a cabeça pra baixo, cara estilo Nova Iorque, bem louco. Tenho que te levar lá”- E demorei um mês para voltar lá e depois que eu voltei eu nunca mais parei de ir. Foi uma coincidência, é uma história longa. Deus conspirou para mim conhecer a São Bento.
E foi rápido porque em 1991 o Racionais já estava abrindo o show do Public Enemy?
Mano Brown: Mas veja bem, a gente só abriu o show por que eu pulei o muro, eu pulei duas grades e afrontei um segurança. Quando o segurança me grudo… Eu consegui chega no vocalista principal e pedi apoio.
Não estava escrito, não fazia parte da programação não, eu que pulei o muro e cheguei até o artista principal. Quando o segurança chegou em mim eu falei: – “tira a mão de mim, o dono é aquele ali”. E ele era o cara mesmo, o americano.
E o Chuck D tava lá?
Mano Brown: O Chuck D chegou e falou: “solta ele aí”. Eu falei: – “você lembra de mim?” Eu fui no hotel vê eles, fui com os caras… Quando o Public Enemy chegou em São Paulo a gente tirou o dia Public Enemy, ninguém comeu , ninguém fez nada, todo mundo procurando pra saber onde os caras tava pra ver. Eu sei como que o fã se comporta, o que ele pensa. Eu sou um fã.
Ele viu a gente no hotel. Eu tava sentado numa cadeira e quando ele desceu do elevador foi como se um profeta tivesse saído do elevador.: -“ O Chuck D…. Nooossa! Jesus!”- E ele olhou pra nós, olhos pra gente, ele conheceu. E naquele momento que eu pulei o muro ele me conheceu. Quando eu cheguei no palco ele me conheceu e falou: “eu lembro desse cara aí, solta ele”.
By Rapevolusom.com